A “UBERIZAÇÃO” DO TRABALHO É PIOR PARA ELAS

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A “UBERIZAÇÃO” DO TRABALHO É PIOR PARA ELAS

        A “UBERIZAÇÃO” DO TRABALHO  É PIOR PARA ELAS

No dia 01 de julho de 2020, trabalhadores que atuam no setor de entregas por meio de aplicativos fizeram uma paralisação pedindo melhores condições de trabalho e pagamento. Eles pedem maior transparência nas formas de pagamento, aumento dos valores mínimos para cada entrega, mais segurança e fim dos sistemas de pontuação.

            Observamos que deste do começo desta pandemia tivemos um aumento no número de entregas a domicílio por aplicativos, mas para os trabalhadores o que houve foi uma queda na remuneração. O que observamos que somente as empresas se beneficiam com esta precarização e falta de regulamentação.

            A pandemia nos evidenciou que a informalidade sempre foi grande no nosso pais, no nosso estado e na nossa cidade. O que ficou claro para todos nós agora que neste momento de crise econômica e alta no desemprego tivemos um aumento no número de pessoas recorreram a empresas de aplicativos como uma alternativa de conseguir uma fonte de renda mesmo que todo o custo do trabalho sejam deles, como gasolina, manutenção, internet e alimentação.

A maioria das empresas de aplicativos contratam estes trabalhadores como Microempreendedor Individual (MEI) como forma de trazer o trabalhador da informalidade para a formalidade. Como MEI, o trabalhador é um “prestador de serviços” para a empresa de aplicativo.

            Eles trabalham todos os dias sem folga e sem horário para terminar o dia, estão nas ruas da cidade se amparo legal e expostos a tudo. Como um próprio entregador fala: “E se pegamos coronavírus na rua, quem paga o tratamento e o tempo parado?

            E para as mulheres esta situação ainda é pior e como esta informalidade dos aplicativos precarizou as suas vidas. E esta a discussão sobre esta informalidade para mulheres é um assunto pouco debatido. Mas já temos vários pesquisadores debatendo e evidenciando que este “novo” formato trabalhista, as mais prejudicadas com essa transformação econômica são as próprias mulheres.

            É uma desigualdade devido a nossa cultural patriarcal, onde esta desigualdade no trabalho formal vai desde diferenças salariais, jornada dupla e o trabalho não remunerado.

            Um estudo das Universidades de Chicago e Stanford avaliou os motoristas da UBER onde as mulheres recebem de 7% de ganhos por hora a menos do que os homens. Eles acreditam que esta manutenção da desigualdade salarial entre “trabalhadores autônomos” é que os motoristas do sexo masculino dirigirem mais rápido e a jornada dupla que impacta as pausas e a jornada diária que as mulheres podem fazer. Infelizmente as mulheres são socialmente invisíveis, estão à margem do mundo do trabalho.

Para finalizar fica uma reflexão: “”É interessante ver que o que consideramos extremamente moderno já existia de outras formas. Ao mesmo tempo em que a uberização é mais arriscada para a mulher, elas já fazem essa gestão de si próprias há muito tempo.” Ludmilla Abílio

Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Docente da Faculdade Pitágoras, Farmacêutica da Assistência Farmacêutica de Poços de Caldas-MG e Empreendedora Cívica da RAPS, aluna RenovaBR. Pré candidata do partido Cidadania.

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