Cidadão em situação de rua: realidade urbana e desafio público

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Cidadão em situação de rua: realidade urbana e desafio público

Cidadão em situação de rua: realidade urbana e desafio público

 O tema cidadão em situação de rua sempre foi muito delicado para se colocar em pauta para debate, pois existem lados que divergem e ninguém quer discutir políticas públicas que são como castelo de areia.

E por que estas políticas públicas nunca deram certo? Porque os gestores públicos e a própria sociedade não olham a realidade, a vida como ela é. Não avaliam as pessoas e as peculiaridades de cada cidade, de cada região.

A população em situação de rua sempre esteve aí e está em todas as cidades. Por que então não sabemos quase nada sobre ela? Procurei dados para poder ter evidências para escrever este texto opinativo e foi difícil obter informações. As que encontrei foram artigos e dissertações de caráter científico. Viva a Ciência!! Viva a Universidade!!

Mas voltando ao assunto, ficou claro que não há evidências qualitativas do cenário, ou melhor, das nossas cidades. Sabemos que para elaborar políticas públicas precisamos de diagnóstico, mas nossos governos sabem pouco do cotidiano das suas cidades. Por exemplo, vocês sabiam que o IBGE não considera nas suas pesquisas a população de rua? Sim, isto mesmo! Pois o IBGE é domiciliar. Então, a população de rua não entra no Censo.

E como falo sempre, a Pandemia tirou de debaixo do tapete estas desigualdades e os problemas que sempre estiveram aí, mas que não queríamos debater. Sim, a miséria sempre esteve no nosso vocabulário e, para colocar esta pauta em debate e discutir as políticas públicas, precisamos saber quem são estas pessoas. Um dossiê publicado este ano desenvolvido por várias universidades do país procuraram entender que tipo de cotidiano esta população vivencia.

A pesquisa mostra que existem vários fatores que levam estas pessoas para a rua e refuta a ideia que é uma questão de escolha. Muitas saem de casa fugindo da violência doméstica. E a única opção é a rua, pois não foi dada outra alternativa. A pesquisa revela que a maioria quer sair desta situação. Então voltamos ao ponto do começo deste artigo: “as políticas públicas para estas pessoas são castelos de areia”, como afirma o autor da pesquisa, Igor Rodrigues. Estes cidadãos são invisíveis para a sociedade como também para o Estado e não têm acesso a qualquer ajuda assistencial (SUAS) , pois existe a invisibilidade social.

Sabemos que a Pandemia aumentará o número de pessoas em situação de rua na nossa cidade, no nosso país, pois é reflexo da crise econômica e das fragilidades sociais que estão mais evidentes neste momento.

A condição desses destes cidadãos é um problema público, social e territorial, que transforma-se em questão humanitária, e que neste ano deve ser colocada na agenda das políticas sociais e urbanas.

É um tema que deve ser enfrentado com coragem e determinação!

Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Docente da Faculdade Pitágoras, Farmacêutica da Assistência Farmacêutica de Poços de Caldas-MG e Empreendedora Cívica da RAPS, aluna RenovaBR. Pré candidata do partido Cidadania.

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