União para vencer e a Pandemia
O que esta crise ensinará a todos os candidatos? Será que esta situação nos fará repensar
que esta na hora de fazer uma Política para “Nós” e não para “Mim”?
Hoje de manhã, lendo os jornais deparei com a entrevista do Diretor da OMS quando fala da pandemia do COVID-19 “Ela definirá nossa geração”. Vi também o Presidente da República contrariando os procedimentos que o próprio Ministério da Saúde recomenda.
Eu, como pré candidata em minha cidade e como profissional de saúde que está na linha frente da situação, comecei a refletir e surgiram várias perguntas. Será que esta crise nos ensinará que a população não quer mais a mesma política? Que a relação entre as lideranças políticas e os cidadãos está corroída? Será que precisávamos enfrentar um inimigo invisível deste para compreender a importância da prevenção?
Curioso também que com esta pandemia descortinamos décadas de baixo investimento na área mais estratégica que é a Atenção Primária. É mais fácil investir em cirurgias e grandes intervenções porque isso dá voto. Saneamento, lixo e promoção da saúde são investimentos que demoram muito para dar resultado e a agenda Política normalmente se limita ao imediato.
Com o pico da proliferação da doença ainda há chegar, teremos ao menos mais dois meses de restrição às nossas atividades e uma inerente crise econômica pela frente. Então agora vamos deixar de lado qualquer disputa e darmos as mãos (devidamente higienizadas) para proteger a nossa população?
Nosso povo apoia todas as ações governamentais para conter a pandemia, mas é necessário mostrar sacrifício também, cortar privilégios, dar crédito para quem produz e principalmente proteger os mais vulneráveis.
Proponho um pacto entre nós, que somos formadores de opinião, de promover as melhores práticas para evitar a perda de vidas, defender o SUS, combater as fake news, incentivar os pequenos negócios locais e dar o devido crédito a quem de fato merece, que é o nosso povo, que está pensando no próximo, cuidando dos mais velhos e educando as próximas gerações para serem menos egoístas.
E finalizo este texto como comecei com uma frase da OMS.
“A OMS garante que há como vencer o vírus. Mas ele deixará como legado uma necessidade real de repensar nossa existência”.
Autoria: Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Docente da Faculdade Pitágoras, Coordenadora da Assistência Farmacêutica de Poços de Caldas-MG e empreendedora Cívica da RAPS, aluna RenovaBR e Liderança Publica do CLP . Pré-candidata a Prefeita de Poços de Caldas.