A VOLTA ÀS AULAS PRECISA SER PLANEJADA DESDE JÁ
A VOLTA ÀS AULAS PRECISA SER PLANEJADA DESDE JÁ
Dando continuidade a pauta Educação, pois esta semana é muito importante para a área pela votação do FUNDEB, mas hoje vamos falar sobre Planejamento da Voltas a Aulas.
Estamos desde dia 01 de maio debatendo sobre o impacto da pandemia na nossa economia. Não estou falando que não é importante, mas temos que discutir e debater também a educação em tempo de pandemia e começar a planejar urgentemente o segundo semestre.
A educação foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia, obrigando milhares de estudantes a se afastarem das escolas durante o período de isolamento social.
E temos alguns questionamentos a fazer?
– Quantas crianças tiveram acesso às atividades on line?
– Porque não fez parceria com empresas de telecomunicação para aumentar o raio da internet?
– A Prefeitura deu estrutura aos professores para darem aulas remotas?
– Quantas mães tiveram que deixar o trabalho porque não tinham com quem deixar os seus filhos?
Não estamos falando que a Prefeitura não fez nada, mas a Secretaria de Educação quantificou ou mediu o impacto das atividades remotas que implantou?
Pois sabemos que neste tempo de pandemia tivemos uma desigualdade na aprendizagem, muitos alunos da rede pública e os mais pobres não tiveram o mesmo acesso a aulas on-line. São varias perguntas sem repostas e sabemos dos impactos que isto trará a médio e longo prazo para a nossa cidade.
Não sabemos quando será o retorno das aulas, mas as crianças estão sendo impactadas, pela mudança de sua rotina e sua alimentação, especialmente para os alunos mais vulneráveis e tudo isso num cenário de pouco dinheiro e tempo.
Por isto mesmo precisamos Urgentemente diagnosticar o impacto da pandemia na educação e começar a PLANEJAR a retomada desde já, independente da data de retorno das atividades presenciais nas escolas, os gestores municipais podem e devem pensar em estratégias para um possível retorno das ações educativas presenciais das crianças e adolescentes das redes públicas de ensino, para garantir uma resposta adequada frente ao complexo cenário a ser enfrentado, já que não tivemos tempo de planejar a suspensão. Mas este planejamento tem que ser feito com a ajuda de órgãos competentes (saúde, assistência social, pais, conselhos de educação, além de cultura e esportes) para desenvolver um plano político.
De acordo com os estudos, crise tem efeitos a médio e em longo prazo, além disso, desafios já existentes nas redes de ensino serão intensificados, como a saúde emocional de estudantes e professores, e o risco de evasão escolar, principalmente no ensino médio. Por isso será fundamental a educação recorrer a outras áreas, em especial à saúde e assistência social
“Enquanto não colocarmos a cidadania no centro do currículo e da discussão da sociedade, ainda observaremos a escola como um depósito de gente” Raquel de Oliveira
Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Docente da Faculdade Pitágoras, Farmacêutica da Assistência Farmacêutica de Poços de Caldas-MG e Empreendedora Cívica da RAPS, aluna RenovaBR. Pré candidata do partido Cidadania.