Poços de Caldas terá a 2º Onda de COVID?
Poços de Caldas terá a 2º Onda de COVID?
Após as eleições começaram os debates em Poços de Caldas e no Brasil sobre a segunda onda de Covid-19 ou repiques de uma primeira onda que nunca acabou. Estamos observando o aumento no número de internação de pacientes com doenças respiratórias graves. E aí o que vem pela frente?
Não precisamos lembrar que ainda estamos em pandemia e com a flexibilização do distanciamento social e dois feriados neste semestre tivemos um aumento na aglomeração de pessoas e consequentemente contágio e aumento de casos. Em outras palavras, depois de três meses de contração, a pandemia voltou a crescer em Poços de Caldas.
Houve falha educacional das pessoas e por diferentes motivos, as pessoas não usam máscaras ou usam de forma inadequada e porque as pessoas não querem abrir mão de nenhum pedaço em prol do todo. É prazeroso fazer atividade física com a máscara? Não. Mas é o que temos para hoje. É preciso lembrar que não teremos a nossa vida anterior tão cedo. E sem vacinas disponíveis, iremos conviver com esta doença por muito tempo ainda. Os especialistas relatam até 2022.
Devido ao aumento das internações, o Lockdown voltou ao debate público. Nós sabemos que não é solução única, senão fizer rastreio de contatos e testes é perder tempo. E hoje nós já desenvolvemos um aprendizado melhor na área médica, em tratamento e as pessoas estão cada vez mais exaustas das medidas de isolamento social.
A 2º onda foi ocasionada pela “fadiga psicológica” então não adianta falar de Lockdown pois ele não salva. Temos exemplos de países que fizeram Lockdown pontual para resolver situações pontuais. Como discutimos o Governo não poderia ter baixado a guarda sabendo que a 2º onda está por vir, deveria ter feito os rastreio, teste e isolamento.
Não podemos desrespeitar as regras de ouro e devemos reforçar as ações de vigilância, com aumento do número de testes diagnósticos, efetivo rastreamento, testagem e estabelecimento de quarentena de 14 dias para os contatos, mesmo que o seu teste seja negativo. São as únicas medidas capazes de fazer com que a curva de infecções e mortes pelo coronavírus se mantenha em queda no nosso meio e o fortalecimento da Atenção Básica e suporte aos profissionais de saúde.
Que a primeira onda tenha nos ensinado que o coletivo e empatia fazem a diferença.
Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Empreendedora Cívica da RAPS, Lider do Movimento Acredito, RenovaBR, membro da Associação Poços Sustentável-APS, Movimento Lixo e Cidadania.