Educação e Pandemia: Olhos vendados do poder público

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Educação e Pandemia: Olhos vendados do poder público

Educação e Pandemia:  Olhos vendados do poder público

 Hoje completamos 10 meses de escolas fechadas devido a pandemia e qual o balanço que fazemos: Educação a Distância, contingenciamento de recursos, demissão, envio de tarefa para os alunos por WhatsApp e precarização do trabalho docente. Não está nada fácil, tanto alunos e educadores estão estressados e exaustos.

Os professores além do desafio das aulas remotas tiveram a sobreposição de funções em casa (trabalho na escola, trabalho doméstico, cuidado com crianças, etc). E não podemos esquecer dos problemas estruturais que não garantiram o acesso equitativo para toda a população, pois a maioria dos alunos não tem um computador, tablete e internet boa em casa. E quais são as consequências desta precarização? Altos índices de evasão no ensino médio e fadiga psicológica.

Até o momento não ouvi de nenhuma autoridade, uma avaliação do impacto de 2020 na vida da escola (professores e alunos) em relação questões emocionais, físicas e cognitivas que deveriam ser observadas pelo prolongado tempo de isolamento social, pela perda de entes queridos e outras consequências da doença.

 Esta é a pergunta que todos os pais e professores fazem aos tomadores de decisão, ou seja, os decisores. Acredito que estejam com os olhos vendados.

E agora com o aumento dos casos e diante dessa provável segunda onda do coronavírus, especialistas em saúde voltam a recomendar que os estados e municípios reforcem as medidas de isolamento social. Foi o que aconteceu em Poços de Caldas no dia 02/12. Porém, ainda não se sabe o que será feito em relação as escolas. Novamente a Educação deixada em segundo plano.

Fica o dilema: Reabrir ou não em 2021? O debate sobre se as escolas devem reabrir ou não segue intenso. Os cientistas relatam e alertam para dois problemas. Primeiro, a falta de aulas teria consequências graves para a saúde mental e desenvolvimento dos alunos. E segundo, ela agrava a desigualdade de oportunidades entre alunos, com crianças que vivem em situação econômica mais frágil não conseguindo acompanhar aulas online

Mas a pergunta que fica: Cadê o Plano da Educação para 2021? Não sabemos se será: remoto, hibrido ou presencial. A única coisa que sabemos que não pode ser igual a 2020, já aprendemos com os erros. O poder municipal tem que entender que não se trata de um retorno a um ponto conhecido, mas de retomada das aulas em um novo cenário sanitário, econômico, social. O Poder Público deveria estar aproveitamento a janela de oportunidade deste momento e adotar um olhar de reconstrução que traz, inclusive, oportunidades de melhorias duradouras nos sistemas de gestão e na própria vida da escola.

Será que a sociedade civil e movimentos sociais terão que acionar o poder judiciário para poder ter garantido os direitos constitucionais?

E deixo aqui o meu Salve aos nossos professores, um salve aos estudantes, um salve às comunidades escolares que não abrem mão da educação como direito e como caminho para a justiça social. 

Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Empreendedora Cívica da RAPS, Lider do Movimento Acredito, RenovaBR, membro da Associação Poços Sustentável-APS, Movimento Lixo e Cidadania.

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