Violência contra mulheres: os desafios à prevenção da AIDS e o papel da Saúde Pública

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Violência contra mulheres: os desafios à prevenção da AIDS e o papel da Saúde Pública

O que o HIV/AIDS tem a ver com a violência doméstica? Tudo. Estima-se que 960 mil pessoas vivam com HIV no Brasil sendo que 350 mil são mulheres, segundo o Unaids. E a OMS evidenciam que a violência doméstica e relações em que o parceiro tem controle excessivo sobre as companheiras estão associadas a uma prevalência da infecção por HIV 50% mais alta. Um problema complexo que até hoje não há politicas públicas que articulem estratégias para mitigar as duas pandemias.

Atualmente o Brasil, possui protocolo de atendimento a vítimas de violência sexual, mas não uma articulação entre as políticas para enfrentar a violência contra as mulheres e os temas de saúde, fato que dá lugar, reiteradamente, à violência institucional. E a relação AIDS e violência são intrincadas e se constroem por meio de pois a maioria da violência é causada por parceiro íntimo e sendo assim não conseguindo negociar uma prática sexual segura com o uso de preservativo.

Infelizmente a violência contra mulher é uma realidade do nosso país e presente nas comunidades onde se localizam as Unidades Básicas de Saúde, porta de entrada para famílias no Sistema Único de Saúde, mas estudos apontam uma pequena parcela de atendimentos destas mulheres neste estabelecimento de saúde. E qual seria o motivo? Falta despreparo dos profissionais para o reconhecimento desse agravo? Ou falta de suporte do próprio poder público? Independente da causa isto estimula a invisibilidade da vítima e consequente o aumento na incidência destas duas epidemias no Brasil. Assegurar a proteção para terminar com a discriminação e garantir igualdade de gênero são passos críticos para avançar na resposta à Aids

Dra Yula de Lima Merola: Pesquisadora de Pós Doutorado da Unifal e Especialista em Gestão e Liderança Pública

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