Você sabia? Que adesão ao tratamento de HIV leva à carga viral indetectável e intransmissível O que quer dizer isto?

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Você sabia? Que adesão ao tratamento de HIV leva à carga viral indetectável e intransmissível O que quer dizer isto?

Ao longo dos anos a ciência vem realizando pesquisas para a buscar a cura, a vacina e melhores tratamento as pessoas vivendo com HIV (PVHIV). E uma desta descobertas foi que o tratamento antirretroviral é altamente eficaz na redução da transmissão do HIV.

Isto quer dizer: Quando uma pessoa vivendo com HIV alcança a carga viral indetectável, o vírus deixa de ser transmitido em relações sexuais. Isto  quer dizer uma pessoa vivendo com HIV e que está em tratamento consegue diminuir a quantidade de vírus no corpo (carga viral – CV) para um nível tão baixo que é considerada indetectável. Estudos apontaram que é improvável a transmissão do vírus nas relações sexuais desprotegidas com pessoas vivendo com HIV que mantem carga viral indetectável por mais de seis meses. Não esquecendo que para a PVHIV ser considerado I=I devem ter uma excelente adesão à TARV e monitoramento da CV; a carga viral deve estar indetectável há pelo menos seis meses e ausência de outras infecções sexualmente transmissível (ISTs).

O slogan Indetectável = Intransmissível ( I = I ) é usado atualmente como divulgação do fato de que indivíduos que vivem com HIV e possuem carga indectável pelo uso de antirretrovirais não transmitem o HIV. Muito importantes os profissionais de saúde terem compreensão de I = I para ajudarem na comunicação e assim auxiliar contra o estigma contra pessoas que vivem com HIV. Divulgar esta evidência científica entre os grupos que têm mais resistência ou desconhecem esse fato é, portanto, uma estratégia fundamental para lidar com a pandemia de HIV.

Isto tudo deve ao desenvolvimento de novas drogas antirretrovirais eficazes e esta descoberta pode encorajar PVHIV a iniciar e aderir a um tratamento com antirretrovirais que funcionem.

Os casais onde um(a) é HIV positivo e o outro(a) HIV negativo devem ser acompanhados pelo serviço de saúde onde discutirão as formas de prevenção que estão usando e serão esclarecidos sobre potenciais riscos associados às suas práticas sexuais. Nesses casais deve-se monitorar a carga viral do(a) parceiro(a) HIV positivo para escolher o momento de não usar preservativo, por prazer ou para engravidar.

Já em casais onde os dois são HIV positivos e sem ISTs, não usar preservativos em todas as relações sexuais pode ser considerado, desde que ambos estejam utilizando a TARV e estejam indetectáveis há mais de seis meses. A carga viral de ambos precisa ser monitorada, pois, sendo indetectável, o risco de transmissão é insignificante e o tratamento protegerá a ambos da infecção por outras variedades do HIV.

É importante destacar que a TARV não protege das demais ISTs. Assim, a utilização do tratamento pela pessoa vivendo com HIV/Aids não dispensa a adoção de práticas preventivas, como uso de preservativos.

Referências:
1 – “PCDT para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos”, Ministério da Saúde/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais – Brasília/DF – 2017.

2 – “Guia Básico de Prevenção Combinada” – Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo/Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo/Programa Estadual de DST/AIDS de São Paulo – São Paulo/SP – 2017.

3.https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/istaids/index.php?p=253605

Dra Yula de Lima Merola: Pesquisadora de Pós Doutorado da Unifal e Especialista em Gestão e Liderança Pública

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