Poços em 2024: quero uma cidade inteligente
Poços em 2024: quero uma cidade inteligente
Poços de Caldas é a cidade que meu marido e eu escolhemos para viver e criar nossos filhos, um casal. Ambos já passaram dos vinte anos e não moram mais aqui. Essa realidade é comum a muitas famílias de nossa comunidade e costumo refletir sobre como será a cidade que ofereceremos no futuro a partir daquilo que fizermos agora.
Como pesquisadora incansável que sou, tenho estudado profundamente muitosaspectos de nosso município. Aproveito para comparar as informações obtidas com experiências bem-sucedidas realizadas, ou em andamento, fora daqui. Por isso, não tenho dúvidas de afirmar que temos como atingir a condição de Cidade Inteligente em 2024.
Esse conceito, já consolidado por algumas gestões municipais do país, estabelece que inteligente é a cidade que faz uso das tecnologias para melhorar a qualidade devida das pessoas. A conquista desse estado de bem-estar amplo ocorre por meio da análise de dados, da redução de custos, da otimização dos serviços públicos, da diminuição da burocracia e da atração de investimentos. Desse modo, tempo e recursos são consumidos de maneira criteriosa, prática que gera sobras importantes que devem ser aplicadas em quem mais necessita, as pessoas.
CIDADANIA – A inserção das pessoas em um estado social que permita o exercício pleno da cidadania só se realiza a partir do momento em que elas participem ativamente da tomada de decisões. É possível, entretanto, que falte tempo. É aí que a tecnologia entra.
É urgente a necessidade de aplicarmos a governança digital a fim de ampliar a transparência e aproximar os agentes públicos dos cidadãos.
Diante disso, alguém poderá concluir: “Ah,Yula, mas isso deve ser caro…”. Eu responderia com uma pergunta: é mais dispendioso espalhar guardas por toda a cidade ou instalar câmeras e designar o efetivo para monitorar e atender as ocorrências?
Informação é tudo para qualquer modelo de gestão. Por que seria diferente na Administração Pública? Estamos preocupados com problemas como:
- Os buracos nas ruas
- A falta de empregos de qualidade
- As filas de espera na saúde
- A dificuldade para abrir uma empresa
- A falta de vagas nas creches
- Os pedintes nos semáforos
- A iluminação precária dos bairros
- O lixo se acumulando nos terrenos
- Aquele projeto que você iniciou e não sabe como vai terminar
A sensação de insegurança é generalizada. Posso garantir que, sempre que o assunto for uma cidade segura, estaremos tratando de uma cidade inteligente. Esses problemas são complexos, mas há muita gente no país que propõe soluções criativas, humanas e de baixo custo. Aos gestoresresta encarar esses recursos com humildade, consciência e coragem para implementá-los. A consequência será prosperidade e bem-estar social.
Espero que, em 2024, Poços de Caldas faça valer seu novo status de polo universitário e a eterna tradição de cidade culta. Uma cidade assim, que esbanja talento e boas ideias, precisa permitir a inovação.
Enquanto o mundo todo promove os objetivos do desenvolvimento sustentável, a gestão das cidades precisa acompanhar esse movimento, alinhando a legislação com o planejamento elevandoa gestão orçamentária a sério para fomentar outro paradigma de vida em comunidade.
Esse caminho até 2024 passa, necessariamente, pelos jovens que, assim como os meus filhos, amam esta cidade e buscam oportunidades para desenvolverem as suas qualidades e capacitações.
Precisamos de um novo arranjo institucional que possibilite avançar com os temas de maior relevância para um mundo todo conectado. Devemos abandonar práticas arcaicas para, assim, facilitar as conexões sinérgicas que permitirão que,daqui a quatro anos, nossa linda e acolhedora cidade possa ser um grande modelo de gestão de conhecimento. Capital intelectual não nos falta. É hora de arregaçar as mangas.
Yula Merola – Farmacêutica-Bioquímica e Doutora em Ciências. Docente da Faculdade Pitágoras, Farmacêutica da Assistência Farmacêutica de Poços de Caldas-MG e Empreendedora Cívica da RAPS, Lider do Movimento Acredito, aluna RenovaBR. Pré candidata do partido Cidadania.